Cumprindo com seu papel de responsabilidade social, a Fontana iniciou um projeto de alfabetização, atingindo diretamente os colaboradores que trabalham em suas oito obras, de um total de 15 em andamento. O projeto, que iniciou em outubro de 2004, conta hoje com a participação de 12 de seus colaboradores, que não tinham instrução educacional nenhuma. Estes estão inicialmente aprendendo a ler e escrever para depois serem inseridos nos blocos, que inclui a divisão por séries.
Para o pedreiro Antônio da Rosa, 38 anos, as aulas estão sendo bem proveitosas. “Estou aprendendo dia-a-dia e agora já posso sentar junto aos meus filhos para ensiná-los alguma coisa”, orgulha-se ele. Já José Carlos Cândido, de 39 anos, avalia a oportunidade como positiva, pois estudar e aprender a ler e a escrever era um sonho que alimentava desde criança. “Estou aprendendo aqui e desenvolvendo meu trabalho na construtora”, diz o pedreiro, lembrando que isto está sendo motivo de orgulho para seus filhos.
As aulas são uma parceria entre a Fontana e o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja). Segundo a coordenadora do projeto, Karine dos Santos Marques, sob a supervisão do engenheiro Fábio Steiner, os beneficiados vêem o projeto como a realização de um sonho, que exige bastante esforço, mas torna-se gratificante. “Nosso objetivo é promover a cidadania”, garante a coordenadora, que lembra que os custos com materiais são de responsabilidade da empresa. O projeto, que já encaminhou seis dos participantes aos blocos, sendo que estes já sabem ler e escrever, vem trazendo retorno pessoal e profissional, pois faz com que se sintam importantes, podendo agora participar ativamente do processo de aprendizagem dos filhos, assim como progredir no trabalho.
A professora Tânia Lorena Sandins Bez Batti, apóia esta parceria do Ceja com a Fontana e vê nisso uma forma de desenvolvimento e qualidade humana. Ela acredita que para uma empresa obter sucesso hoje, deve investir no lado humano, motivando seus profissionais e fazendo-os progredir. “Digo para eles sempre que os beneficiados são eles mesmos, e não diretamente a empresa, pois estão adquirindo conhecimento próprio”, salienta Tânia, lembrando que o investimento no funcionário tem retorno garantido e satisfatório.